domingo, 16 de setembro de 2007

Exploração sexual não é atração turística, é crime!!!



No período da alta temporada, em especial no Carnaval, o Brasil recebe um alto contingente de turistas, que desejam conhecer as belezas naturais do país e desfrutar do calor. Mas, por vezes, a atração turística desvia seu foco para outra atividade: a prática do turismo sexual.

Para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, a Ong humanitária cristã Visão Mundial promove a campanha internacional “Child Sex Tourism Prevention Project”, destinada a conscientizar o viajante de que esta prática é ilegal e criminosa. A pessoa que cometer tal delito pode ser punida no Brasil e em seu país de origem.

Com o apoio do governo norte-americano, o projeto surgiu há dois anos, nos Estados Unidos. “Um cidadão dos EUA que cometer este crime sexual será julgado e punido em qualquer lugar do mundo”, afirma Marco Antonio Dias, de 34 anos, assessor de imprensa da Ong Visão Mundial. Desde o início da campanha, que já foi difundida em Camboja, Tailândia, Costa Rica e México, 25 americanos foram indiciados e estão presos.

No Brasil, a iniciativa começou no dia 7 de janeiro, com duração prevista para seis meses, quando será realizado um seminário referente ao assunto. O combate ao turismo sexual é destinado àquelas cidades cujo fluxo de turistas é maior, como Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Manaus.

A divulgação é realizada por meio de outdoors e painéis públicos, mas a ação mais direta e próxima do turista será os “flyers” colocados nos passaportes dos estrangeiros, nos principais aeroportos do país. Todo o material publicitário é bilíngüe (inglês e português), já que será distribuído também à população local. “Esta é uma forma de motivar o público a denunciar a prática de exploração sexual”, incentiva Dias. As notificações são anônimas e podem ser feitas por qualquer um que tiver informações consistentes sobre o criminoso, como o nome do hotel onde está hospedado ou mesmo as características físicas e o país de origem.

Segundo uma pesquisa organizada pela Organização Mundial do Turismo, os viajantes que cometem o turismo sexual têm entre 20 e 40 anos; sendo, em geral, italianos seguidos por portugueses, holandeses e norte-americanos. Só o Brasil, a Tailândia e as Filipinas são responsáveis por 10%, ou seja, 100 mil casos do total de crianças e adolescentes exploradas sexualmente.

Esta prática ocorre mais comumente em países subdesenvolvidos. Por isso, para a Ong Visão Mundial, o turismo sexual não traz riquezas para um país, apenas prejuízos, já que afasta o turista interessado em conhecer apenas as belezas de uma região.



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